por Carlos Loff
Em frente à catedral. Esse foi o ponto de encontro.
Não demorou muito, e, ali mesmo, surgiu o primeiro personagem. Visto das escadarias uma imagem gritava. Possivelmente não pelo seu jeito transeunte, afinal muitos são anônimos, neste caso uma mulher, possivelmente uma moradora de rua, agora dada como anônima duas vezes.
Ela chama a atenção, quer muito ser notada. Por mais que a visão humana ajuste o foco para registrar qualquer outra informação, seria quase que impossível não enxergá-la
Com uma máscara no rosto e um embrulho nos braços (balançado bruscamente), a mulher, numa primeira impressão, aparentava carregar algo frágil. É como se por um momento uma apresentação de mágicas fosse oferecida. Aqui o amontoado de pano era a sua cartola e na ânsia de esperar pelo coelho, saiu dali uma cadelinha.
Vista de longe a mulher se mostrava infantil, tomada de uma personalidade saltimbanco, como se soubesse que ao entardecer, diante da escadaria da catedral, um picadeiro se montasse ali, e por um momento, uma cortina de pombos se abriu. Coincidentemente sua apresentação foi iniciada.
Interagia com muitos que passavam. Algumas vezes a cadelinha lhe roubava a cena. Logo depois era tomada por um monólogo, tamanha expressividade em seu rosto. Como se desenhasse páginas de sua vida. Como se por muito tempo tivesse tentado contar para alguém a sua história, tudo o que passou, sua escolhas, suas perdas, mas, nas ruas faltam ouvidos, uma vez que elas possuem boca.
E ali ainda estava a cena, a mulher era também maternal, era visível o esmero oferecido ao seu “filhote”. Diante do público alguns lhe esboçavam sorrisos, outros continuavam ao celular, e ainda havia aqueles, cujo ponto fixo, era a contagem regressiva do semáforo.
Para sorte da platéia ela não se importava com as atenções desviadas, é como se bastasse apenas um olhar. Esse supostamente seria a troca, ela não queria aplausos.
E como todo artista talentoso ela recebeu o reconhecimento. A platéia foi até a “coxia” para encontrá-la e saber sobre seu personagem.
O banco da praça, era a sua cadeira e como se um espelho fosse imaginado a sua frente, retirou a maquiagem, neste caso a máscara.
Andréia, este era o seu nome. “Coisinha” é como chamava o seu “filhote”. A artista demonstrava simpatia e atenção, respondia a todas as perguntas, “a mascara? Tuberculose - responde. Um diálogo se fez por tentar diante do público levado até ela, mas, mais (e mais) cachorros aparecem e eles tiram toda a sua atenção.
Andréia vive o presente e mostra não querer falar de trabalho, afinal acabara de fazer uma apresentação. É de se imaginar que para entender a sua história, será preciso assisti-la contada todos os dias, ali, depois que as cortinas de pombos se abrem.
Não demorou muito, e, ali mesmo, surgiu o primeiro personagem. Visto das escadarias uma imagem gritava. Possivelmente não pelo seu jeito transeunte, afinal muitos são anônimos, neste caso uma mulher, possivelmente uma moradora de rua, agora dada como anônima duas vezes.
Ela chama a atenção, quer muito ser notada. Por mais que a visão humana ajuste o foco para registrar qualquer outra informação, seria quase que impossível não enxergá-la
Com uma máscara no rosto e um embrulho nos braços (balançado bruscamente), a mulher, numa primeira impressão, aparentava carregar algo frágil. É como se por um momento uma apresentação de mágicas fosse oferecida. Aqui o amontoado de pano era a sua cartola e na ânsia de esperar pelo coelho, saiu dali uma cadelinha.
Vista de longe a mulher se mostrava infantil, tomada de uma personalidade saltimbanco, como se soubesse que ao entardecer, diante da escadaria da catedral, um picadeiro se montasse ali, e por um momento, uma cortina de pombos se abriu. Coincidentemente sua apresentação foi iniciada.
Interagia com muitos que passavam. Algumas vezes a cadelinha lhe roubava a cena. Logo depois era tomada por um monólogo, tamanha expressividade em seu rosto. Como se desenhasse páginas de sua vida. Como se por muito tempo tivesse tentado contar para alguém a sua história, tudo o que passou, sua escolhas, suas perdas, mas, nas ruas faltam ouvidos, uma vez que elas possuem boca.
E ali ainda estava a cena, a mulher era também maternal, era visível o esmero oferecido ao seu “filhote”. Diante do público alguns lhe esboçavam sorrisos, outros continuavam ao celular, e ainda havia aqueles, cujo ponto fixo, era a contagem regressiva do semáforo.
Para sorte da platéia ela não se importava com as atenções desviadas, é como se bastasse apenas um olhar. Esse supostamente seria a troca, ela não queria aplausos.
E como todo artista talentoso ela recebeu o reconhecimento. A platéia foi até a “coxia” para encontrá-la e saber sobre seu personagem.
O banco da praça, era a sua cadeira e como se um espelho fosse imaginado a sua frente, retirou a maquiagem, neste caso a máscara.
Andréia, este era o seu nome. “Coisinha” é como chamava o seu “filhote”. A artista demonstrava simpatia e atenção, respondia a todas as perguntas, “a mascara? Tuberculose - responde. Um diálogo se fez por tentar diante do público levado até ela, mas, mais (e mais) cachorros aparecem e eles tiram toda a sua atenção.
Andréia vive o presente e mostra não querer falar de trabalho, afinal acabara de fazer uma apresentação. É de se imaginar que para entender a sua história, será preciso assisti-la contada todos os dias, ali, depois que as cortinas de pombos se abrem.
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