por Vanessa Bastos
Quem passa pela Praça XV talvez nem note – ou não queira notar, que o lugar se tornou a casa para pessoas que não têm onde morar. Mas isso só acontece com quem ignora a realidade em que vivemos em Florianópolis e até mesmo no Brasil. Mas fiquemos somente com os moradores de rua da capital catarinense que, por si só, já podem dar uma lição de desapego ao preconceito, se nos permitimos a isso.
Se alguém se dispuser a ir até a Praça XV, poderá conversar com pessoas como David, Daniel, Déia, Jeferson, Valdelírio, dona Lorita e muitos outros que passam a fazer parte dessa família, como eles se definem. Eu, particularmente, tive o prazer de conhecê-los, aprender com eles coisas que talvez eu nunca aprenda em outro lugar e que com toda a certeza serão úteis ao longo da vida que me espera. Sabe aqueles ditados populares: “A primeira impressão é a que fica” e “Quem vê cara não vê coração”? Então, são apenas frases que alguém inventou para qualquer outra coisa, menos para exemplificar a realidade dos moradores de rua da Praça XV. Pois o conhecimento que cada um carrega dentro de si, não está estampado no rosto, nas roupas, onde vive ou em qualquer outro lugar. Ele está sim, em nosso coração.
E se o ser humano estiver em busca de valores, seja de qual gênero forem, familiares, pessoais etc., há uma receita – receita, não que isso é muito mais que um bolo, é uma lição, infalível. Tente parar um dia, desprendido de todo valor material e qualquer outro que possa lhe fazer “mal” durante essa experiência. Feito isso, vá até essas pessoas e dedique parte do seu tempo a conversar com elas, trocar vivências e o mais importante, antes mesmo de entrar nesse encontro, esteja aberto para sair dele transformado.
Ah, claro, não pense que possa comprá-los com comida ou outras necessidades. Eles carecem dessas coisas sim, mas sua dignidade é algo que não se compra. E uma boa conversa, sem intenção de prejudicar às vezes vale muito mais do que algum bem. Pois não só alimenta a cabeça, aquece a alma, como os faz ver – por mais que já tenham consciência disso, que são gente, simplesmente gente.
Não é porque moram na Praça XV que não têm direitos e deveres. Eles os têm e sabem muito bem quais são. Até porque, para viverem como vivem têm que saber seus direitos e deveres na ponta da língua. Principalmente quando acontece algo relacionado à polícia. A família da XV é muito unida e entre eles, um está para o que o outro precisar, como para se defenderem, por exemplo. Como eles dizem, são muito mais próximos do que com alguns parentes de sangue. Três deles, por exemplo, para mostrar essa “irmandade” têm o símbolo da XV tatuados.
Enfim, todos deveriam passar por essa experiência maravilhosa que me foi proporcionada. Porque saio dali não só com informações para utilizar em prol da minha profissão, mas com um gigantesco aumento na minha bagagem pessoal de mão. Respeito é bom e todo mundo gosta, independentemente da condição em que se encontra.
Se alguém se dispuser a ir até a Praça XV, poderá conversar com pessoas como David, Daniel, Déia, Jeferson, Valdelírio, dona Lorita e muitos outros que passam a fazer parte dessa família, como eles se definem. Eu, particularmente, tive o prazer de conhecê-los, aprender com eles coisas que talvez eu nunca aprenda em outro lugar e que com toda a certeza serão úteis ao longo da vida que me espera. Sabe aqueles ditados populares: “A primeira impressão é a que fica” e “Quem vê cara não vê coração”? Então, são apenas frases que alguém inventou para qualquer outra coisa, menos para exemplificar a realidade dos moradores de rua da Praça XV. Pois o conhecimento que cada um carrega dentro de si, não está estampado no rosto, nas roupas, onde vive ou em qualquer outro lugar. Ele está sim, em nosso coração.
E se o ser humano estiver em busca de valores, seja de qual gênero forem, familiares, pessoais etc., há uma receita – receita, não que isso é muito mais que um bolo, é uma lição, infalível. Tente parar um dia, desprendido de todo valor material e qualquer outro que possa lhe fazer “mal” durante essa experiência. Feito isso, vá até essas pessoas e dedique parte do seu tempo a conversar com elas, trocar vivências e o mais importante, antes mesmo de entrar nesse encontro, esteja aberto para sair dele transformado.
Ah, claro, não pense que possa comprá-los com comida ou outras necessidades. Eles carecem dessas coisas sim, mas sua dignidade é algo que não se compra. E uma boa conversa, sem intenção de prejudicar às vezes vale muito mais do que algum bem. Pois não só alimenta a cabeça, aquece a alma, como os faz ver – por mais que já tenham consciência disso, que são gente, simplesmente gente.
Não é porque moram na Praça XV que não têm direitos e deveres. Eles os têm e sabem muito bem quais são. Até porque, para viverem como vivem têm que saber seus direitos e deveres na ponta da língua. Principalmente quando acontece algo relacionado à polícia. A família da XV é muito unida e entre eles, um está para o que o outro precisar, como para se defenderem, por exemplo. Como eles dizem, são muito mais próximos do que com alguns parentes de sangue. Três deles, por exemplo, para mostrar essa “irmandade” têm o símbolo da XV tatuados.
Enfim, todos deveriam passar por essa experiência maravilhosa que me foi proporcionada. Porque saio dali não só com informações para utilizar em prol da minha profissão, mas com um gigantesco aumento na minha bagagem pessoal de mão. Respeito é bom e todo mundo gosta, independentemente da condição em que se encontra.
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